quinta-feira, 30 de setembro de 2010

http://vimeo.com/12490072

Queridos leitores,

Esse é um vídeo documentário sobre os Profetas das Chuvas, de Quixadá.
Produzido pela Plural Filmes.

Especialmente postado para vocês, "que insistem em olhar o mundo com olhos especiais".

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A beleza da vida é a união- Profeta Chico Mariano

Caro leitor,
Esse texto- DA PEDAGOGIA DO ATOR À PEDAGOGIA TEATRAL: VERDADE, URGÊNCIA, MOVIMENTO de Gilberto Icle discorre sobre a passagem da Pedagogia do Ator a Pedagogia Teatral. Nós da Cia. Do Sol escolhemos um recorte que nos ajuda a refletir sobre nossa união e explica o que queremos com ela.

Do grupo de teatro à comunidade teatral
O grupo de teatro ou companhia teatral entendida como organização institucionalizada, burocrática e, algumas vezes, empresVerdana continua existindo desde que esse sistema se fez engendrar a partir do aparecimento e consolidação da burguesia capitalista.
No entanto, um movimento significativo faz aparecer uma organização de outra natureza: a comunidade teatral. Esse tipo de agrupamento faz uma outra significativa mudança, a passagem da simples criação para a condição criativa.
Segundo Ruffini (2004), a condição criativa corresponde a um estado propício para a criação, em oposição a simples reunião de artistas para a realização de um espetáculo. A comunidade teatral relega, sem negar, o espetáculo a uma parte da condição criativa, não centralizando nele o ponto fundamental do teatro. Assim, diversos grupos de teatro se converteram, no século XX, e ainda hoje, em verdadeiras comunidades teatrais nas quais as singularidades identitárias, tanto de cada ator como de cada grupo, são não só autorizadas, como sublinhadas.
A comunidade teatral, em geral, centraliza no ator as tarefas teatrais que antes eram assumidos por uma equipe interdisciplinar e faz da convivência e do fazer teatro um modo de vida. A idéia de uma condição criativa se desdobra na situação pedagógica, ao mesmo tempo em que dela surge, como condição de emergência para os sujeitos criarem suas respectivas identidades teatrais.
No nosso entorno, num tempo no qual a individualidade tem sido um valor, quando cuidar de si parece estar relacionado apenas ao cuidado do eu, viver em comunidade, compartilhar com o outro, pode ser um desafio intransponível. O discurso da Pedagogia Teatral, com efeito, promete essa experiência, essa inter-relação com o Outro, da qual resultaria, segundo os enunciados desse discurso, um movimento de abertura, de solidariedade. Mas que possibilidade de relação comunitária o teatro e sua pedagogia podem oferecer realmente? Como a recuperação desses ideais de comunidade teatral são acolhidos no seio de projetos organizados sob a égide da pressa, da retenção de gastos, da universalização dos saberes?
Uma alternativa ainda mais simples, sem a qual fica difícil imaginar o que concebemos como teatro, se traduz na formação do ensemble, do conjunto, do bando, do grupo. Essa abordagem que traz consigo a idéia de uma comunidade, que ainda que não viva junta de forma cotidiana, deveria presencialmente compartilhar muito tempo junto. Ainda essa possibilidade – uma simplificação da comunidade teatral - se esvaece na contemporaneidade e torna-se espelho apagado e irrefletido de um ideal modernista de renovação, por intermédio do qual homens como Stanislavski, Copeau, Decroux e tantos outros, pensaram e, sobretudo, praticaram teatro.


O link com o artigo completo você encontra em: http://www.seer.unirio.br/index.php/opercevejoonline/login

Ps: Vale a pena conferir o artigo Pressupostos para o treinamento do ator num teatro gestual narrativo de Nara Keiserman.